quinta-feira, 26 de junho de 2014

População luta para trazer Dr. Digeorgio de volta à Codó

No fim da tarde de ontem (25)  recebi 3 ligações telefônicas informando-me da presença de um grupo de mulheres e crianças na frente do SAMU. Diziam os interlocutores que tratava-se de um manifesto pacífico, mas muito barulhento, e que eu precisava ver de perto para registrar.
A luta de quem necessita
A luta de quem necessita
Foi o que fiz.
No local deparei-me com algumas  mulheres com cartazes pedindo a volta do médico Digeorgio Martins que atuava como socorrista do SAMU e também fazia atendimentos em postos de saúde da cidade (CAM/BORBOREMA/TRIZIDELA).
Moradoras do Santo Antonio e Trizidela querem o médico de volta
Moradoras do Santo Antonio e Trizidela querem o médico de volta
Todas gritavam palavras de ordem pedindo explicação à diretora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, enfermeira Carla Dias, que não se encontrava no momento, sobre a saída do médico.
O QUE ACONTECEU?
Uma das manifestantes, identificada como Célia Maria Costa,  nos concedeu entrevista. Quis saber sobre o que elas, realmente, sabem  sobre a saída de Digeórgio da cidade.
Respondeu que sabia pouco e falou de um telefonema que o médico estaria esperando direto do prefeito Zito Rolim [ que não aconteceu] e de pessoas que não estariam gostando da forma de ser dele dentro  SAMU.
Ele tem fama de atender pessoas necessitadas em qualquer lugar, inclusive dentro do prédio onde ficam as ambulâncias, as vezes até 1h da madrugada, segundo revelação colhida de algumas pessoas que ali estavam fortalecendo o manifesto.
Até crianças foram para a frente do SAMU
Até crianças foram para a frente do SAMU
“O que eu tô sabendo é que ele saiu e era pra entrar em contato com ele, gestor maior (prefeito) entrar em contato com ele, saber se era pra voltar ou não, mas até o presente momento a gente não tem nenhuma decisão (…) e o que eu vi falar é que tem pessoas aqui dentro [do SAMU] que não gostam dele, o motivo eu não sei, porque gente boa todo mundo sabe, gente boa em Codó dura pouco, mas dessa vez vai ser diferente porque Codó tá unido pela presença de Dr. Digeorgio aqui no SAMU”, disse Célia Maria
Sobre a manifestação ela explicou.
“O motivo dessa manifestação foi a comunidade em si que me procurou e pediu pra gente fazer um evento sem violência, sem baderna pra que nós tenhamos esse Dr. Digeorgio de volta porque ele é uma pessoa humilde, porque ele atende a população de Codó com todo respeito, com todo carinho, é um profissional que faz a diferença, então nós não podemos permitir que ele saia de Codó”
MAIS MANIFESTAÇÃO
Nesta quinta-feira (26) tem uma maior saindo da praça Almirante Tamandaré (prevista para 8h da manha), passando pela Secretaria de Saúde, encerrando na porta da Prefeitura.
PALAVRA DO SECRETÁRIO
Minutos depois de sair da manifestação meu telefone toca novamente, desta vez era o secretário de Saúde do município, Ricardo Torres, falando de São Luís onde está na companhia do prefeito Zito Rolim, por conta do processo no TRE-MA.
Torres explicou que o médico pediu para sair verbalmente e depois oficializou seu desejo numa espécie de carta demissional. Suas alegações foram, puramente, pessoais, segundo o secretário que não quis dar mais detalhes.
“A questão, realmente, é pessoal e também  um certo desconforto dele com relação à diretora do SAMU [Carla Dias], tanto é que na documentação não menciona isso, só se atém a questão pessoal, fala de voltar à cidade, mais no futuro, deixar as portas abertas”, afirmou Torres
Sobre a conversa com o prefeito, afirmou que é intenção de Zito conversar com Digeórgio, só ainda não o fez por conta dos problemas na Ilha de São Luís e também porque quer dá um tempo maior para o médico esfriar a cabeça.
Ricardo Torres garantiu que, mesmo num clima desfavorável dado aos ânimos acirrados do momento, todos os esforços estão sendo feitos para manter Digeórgio em Codó,  pois ele é de grande importância para o município.
“Mas de qualquer modo o prefeito deve conversar com ele, justamente nessa tentativa de deixar  o tempo esfriar, pra ver se ele consegue resolver essa questão pessoal. Nós estamos respeitando, já que é uma questão pessoal, mas, ao mesmo tempo, estamos colocando todos os recursos pra gente conseguir com que ele volte atrás”, conclui

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