quarta-feira, 15 de junho de 2016

Crianças continuam passando fome nas escolas da zona rural de Codó !

Crianças indo pra casa por volta das 10h30 em Axixá
Crianças indo pra casa por volta das 10h30 em Axixá
O drama da falta de merenda na zona rural de Codó segue fazendo suas vítimas, assim como acontecera durante todo o ano de 2015, quando registramos que em algumas localidades só houve entrega de merenda duas vezes naquele fatídico ano para a Educação das crianças e adolescentes da zona rural.
Na segunda-feira, 13, estivemos na comunidade de Axixá por ocasião de uma reportagem sobre 6 casas incendiadas criminosamente, mas ao chegarmos uma imagem logo nos chamou a atenção – a de um grupo de cerca de 10 alunos do ensino fundamental menor indo embora por voltas das 10h30min da manhã.
Pedimos para conversar e as perguntas foram inevitáveis.
 “ESSE ANO JÁ TEVE MERENDA PRA VOCÊS? Não…NENHUMA? não”, respondeu Janaina da Silva Santos, do 3º ano do ensino fundamental.
Em Axixá, há 24 kms da cidade, todas elas, independente da idade,  confirmam a mesma triste história.
 “TEM MERENDA OU NÃO TEM? Tem não, só tem só em casa que meu pai compra dentro da caixa”, sentenciou a menor do grupo, a falante Yasmin Mendes Silva.
Desde que começou o ano letivo 2016, as crianças revelaram que come na escola quem leva de casa.  “É de casa…O QUE VOCÊ LEVOU? Biscoito e suco”, respondeu Dávila.
FOMOS À ESCOLA
Após ouvir as crianças, nos dirigimos à Escola Municipal Maria dos Remédios Silva Almeida e os portões já estavam no cadeado, não havia ninguém que pudesse nos atender nos atender.
Liberar mais cedo, é  uma estratégia dos professores para não penalizar mais ainda quem enfrenta a fome na sala de aula.
“COMO É QUE É ESTUDAR COM FOME? Assim, complicado né, mas quando dá 10h a professora libera a gente por causa que não tem merenda”, frisou o aluno Lucenildo Silva
Os pais também estão reclamando. Nós conversamos com a mãe de Yasmim, a lavradora Patrícia Mendes (que aparece no vídeo do blogdoacelio).  Disse que a prefeitura sabe do problema, mas nada faz. Espera que pelo menos no segundo semestre, após as férias, a merenda chegue. Mostrou-se indignada.
Por Acélio Trindade

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