quinta-feira, 30 de julho de 2015

Ex-prefeito esclarece que manteve sexo oral com sua mulher e não poderia ter sêmen e edemas como defende a Polícia Civil

Ex-prefeito de Lagoa do Sítio e sua esposa Gercineide Monteiro
Ex-prefeito de Lagoa do Sítio e sua esposa Gercineide Monteiro

Em sua defesa apresentada em processo, relatado pelo desembargador Joaquim Dias Santana Filho, o ex-prefeito de Lagoa do Sítio (230 km de Teresina) José de Arimateas Rabelo, o Zé Simão, preso acusado pelo assassinato da primeira-dama Gercineide Monteiro, ocorrido no dia 10 de fevereiro, aponta que foi detido pela Polícia Civil que achou incoerentes suas afirmações sobre o horário em que jantou com a mulher e a prática sexual na noite anterior.
A primeira incoerência seria o fato de que Zé Simão teria afirmado que teria jantado às 21h30 com Gercineide Monteiro do dia 9 de fevereiro e às 5h do dia 10 de fevereiro, teria a beijado e travado um diálogo com ela antes de sair de casa para ir para uma roça no povoado Barra das Baixas, na zona rural de Lagoa do Sítio.
Para indiciá-lo por homicídio qualificado, a Polícia Civil usou informações de um laudo do Instituto Médico Legal de que Gercineite Monteiro teria sido assassinada à 1h, quatro horas depois de ter feito a última refeição.
Zé Simão, em sua defesa ao Poder Judiciário, diz que a estimativa da morte feita pela perícia se baseou no estágio de digestão dos alimentos encontrados no estômago de Gercineide Monteiro e tomou como base, o horário do último jantar.
“A vitima, no entanto, tinha o hábito de ficar acordada até tarde assistindo televisão e de levantar durante a madrugada para se alimentar – fato que não foi questionado pela polícia e nem tomado em consideração pela perícia. Tendo ela se alimentado durante aquela madrugada e o horário de sua morte seria outro, perfeitamente compatível com o que disse”, diz José de Arimateas Rabelo, em sua defesa.
Zé Simão alerta para o fato de que foi acusado pela autoridade policial de mentir por afirma que teria mantido na noite da morte relações sexuais com sua mulher.
Segundo ele, a perícia em momento algum afirma que Gercineide Monteiro não tivera relações sexuais.
“O que atesta é apenas que ao exame vaginal não havia edema, hipermia, esperma visível, nem cheiro de esperma, bem como escoriações vaginais. A ausência de edema e de escoriações só demonstra que a vítima não sofreu qualquer violência sexual, não sendo apta a descartar a existência de relação consentida, em que, dada a lubrificação vaginal, dificilmente se produz edema ou escoriação. A ausência de esperma visível também nada prova (apenas não foi possível constatar a olho nu sua presença, mas nenhum outro mecanismo mais preciso foi utilizado para tentar detectá-lo”, afirma a defesa de Zé Simão, que informou que o ex-prefeito fez sexo oral em sua mulher e não coito pênis-vagina.
Posted by Jornal O ESTADÃO 

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