terça-feira, 26 de novembro de 2013

Agora saberemos quem é certo ou errado: Em sessão tumultuada, Senado aprova voto aberto para cassações de mandatos e vetos presidenciais



caso donaldon


Em uma sessão tumultada, o plenário do Senado aprovou com mudanças em  segundo turno a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Voto Aberto, que prevê o fim do voto secreto em todas as decisões do Legislativo. A matéria voltará a ser analisada pela Câmara Federal.

O texto-base da PEC 43/2013, de autoria do ex-deputado Luiz Antônio Fleury (PTB-SP), foi aprovada por 58 votos a favor, 4 votos contra e nenhuma abstenção. A matéria estabelece que serão abertas as votações de cassações de mandatos parlamentares e de vetos presidenciais.

O texto havia sido aprovado em primeiro turno pela Casa no dia 13 deste mês e, antes disso, por unanimidade pela Câmara dos Deputados.

Chegaram a ser apresentados três requerimentos de destaques, que são pedidos para votação em separado de trechos do texto principal da proposta.

Em uma votação apertada, os senadores rejeitaram o pedido de exclusão da PEC de casos de vetos presidenciais. Os outros dois foram aprovados pela maioria dos parlamentares.

A votação feita de forma simbólica nos dois últimos pedidos, por meio da manifestação dos líderes, gerou críticas contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB).

O senador Mário Couto (PSDB-PA) criticou a condução da votação. "Isso foi na marra. Em repúdio, a minoria se retira e não vai votar mais", disse.

Votação dos destaques



Por 41 votos a 16, o plenário rejeitou a manutenção no texto-base da PEC dos artigos que proíbiam o voto secreto nas deliberações do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e que estendia a proibição às Assembleias Legislativas dos Estados, à Câmara Legislativa do Distrito Federal e às Câmaras Municipais. 
 
Por 40 votos favoráveis, 21 contrários e duas abstenções, os senadores decidiram manter as regras atuais para exame de indicações de autoridades, que é em votação secreta.  
 
Em 28 de outubro de 2013, em votação secreta, a Câmara manteve o mandato de Natan Donadon (ex-PMDB-RO), condenado pelo Supremo. Com quórum de menos de 410 deputados, 233 votaram a favor de sua cassação, 131 contra e houve 41 abstenções. Para cassá-lo, eram necessários 257 votos, o que representa a metade do total de deputados mais um voto.

O deputado foi acusado de participação em desvio de cerca de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia em simulação de contratos de publicidade.

O caso Donadon foi o que inspirou a Câmara a votar a PEC do Voto Aberto, projeto que foi ao Senado, que precisa ainda aprová-la em segundo turno.
 
 

Vitória das ruas: o que mudou após os protestos pelo Brasil

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CONGRESSO A TODO VAPOR: Jovens protestam na região da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pelo fim do voto secreto, o fim do foro privilegiado, a caracterização de corrupção como crime hediondo, além da rejeição à PEC 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público.
 
No dia 26 de junho, a votação da PEC 37 foi arquivada e a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou a proposta que acaba com o voto secreto em processos de cassação de mandato. No mesmo dia, o Senado aprovou projeto que torna corrupção crime hediondo Leia mais Michael melo/Frame/Estadão Conteúdo
 
(Com Agência Senado)

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