O Secretário Municipal de Saúde de Teresina Noé Fortes, rebateu a critica do Secretario Estadual de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad, publicadas em sua página, na rede social Facebook, na qual ele diz que não há nenhum débito do Maranhão com a Prefeitura de Teresina e que saúde do município piauiense está sucateada. A prefeitura de Teresina alega que tem uma dívida a receber do governo maranhense de R$ 8 milhões.
“Cerca de 30% dos pacientes que estão em tratamento em Teresina vêm do Maranhão. Não queremos deixar de atendê-los, mas temos que ser ressarcidos por isso. Ao longo de 2013, as autoridades do Maranhão não nos atenderam. Mandamos as contas e os documentos e eles não pagaram.
Na última reunião, marcada para acontecer em São Luís, o secretário de Saúde não nos atendeu. Além disso, o Hospital São Marcos está trabalhando de madrugada para atender a todos. A demanda é muito grande”, argumentou Noé Fortes.
De acordo com Fortes, a secretaria municipal de Saúde tem como comprovar o débito que o estado do Maranhão tem com o município, e que o caso será levado até o Ministério da Saúde para que se possa tomar providências. “Eu enviei foi um CD a ele com todos os dados dos pacientes, contendo a cidade, a guia do SUS e os valores gastos, tenho como provar todas essas despesas. No dia 22 de janeiro vamos até o ministério da saúde para resolver esse impasse”, disse.
Para o secretário municipal, a saúde do município de Teresina nunca esteve sucateada. O único problema é o excesso de pacientes do Maranhão que acaba impedindo um melhor atendimento aos pacientes de Teresina. “ Nossos hospitais estão todos capacitados para receber qualquer pacientes, nosso único problema é que 30% dos pacientes oncológicos tratados no Hospital São Marcos são do Maranhão, o que impede um atendimento de melhor qualidade aos pacientes teresinenses”, ressaltou.
O secretário disse, ainda, que no ano de 2010, o então prefeito Silvio Mendes, junto com representantes do Ministério da Saúde e do Ministério Publico Federal foram até o Maranhão firmar um acordo em que o estado passaria a repassar recursos dos pacientes atendidos em Teresina.
“ Essa afirmação de que eles não estão nos devendo é totalmente equivocada. Em 2010 foi firmado um acordo com a presença do ministério da saúde, do ministério publico e do prefeito de Teresina em que o governo do Maranhão repassaria uma conta de R$ 300,000, para a prefeitura, para que custear o tratamento de pacientes com câncer”, lembra.
Para Noé Fortes se o Maranhão, como diz Ricardo Murad, tem capacidade de atender seus pacientes, e “já que para ele a saúde de Teresina está sucateada, então não mande mais seus pacientes para Teresina, passe-os a atendê-los por lá”. Conforme ele, nunca houve um esquema para recrutar pacientes para os hospitais daqui.
“Se eles tem toda essa capacidade de atender seus pacientes e que nossa saúde está sucateada, pois é bom que parem de mandar pacientes para cá. Se o Maranhão tem condições, pois passe a atender seus pacientes por lá.
O hospital São Marcos não anda recrutando pacientes nem fazendo máfia de saúde, se o povo de lá vem se consultar aqui, é porque temos uma medicina de qualidade”, enfatizou o secretário. (Portal AZ)
Impasse será discutido em Brasília
Os gestores de saúde do Maranhão e da Prefeitura de Teresina vão se reunir na próxima quarta-feira (22) com o ministro da Saúde, Alexandre Padinha, em Brasília, em busca de uma solução para o impasse entre o Estado e a capital piauiense, com relação ao atendimento de pacientes maranhenses pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que está suspenso pla Prefeitura de Teresina desde o início deste mês.
O secretário municipal de Saúde de Teresina, Noé Fortes, suspendeu o atendimento na rede pública de saúde porque o Maranhão não repasse os recursos à Prefeitura do Município, conforme um acordo selado entre as duas partes. O Maranhão, por sua vez, afirma que não deve nada ao vizinho Estado.
A reunião no Ministério da Saúde é mais uma tentativa de por fim à briga entre os gestores de saúde de Teresina e do Maranhão.
O prefeito Firmino Filho já esteve no início desta semana com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para tratar do assunto.
A reunião acontece depois de troca de acusações entre o secretário estadual do Maranhão, Ricardo Murad, o secretário Noé Fortes e o próprio prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB).
Na última quarta-feira, Murad utilizou as redes sociais para chamar o secretário Noé Fortes de mentiroso e acusá-lo de usar a suspensão do atendimento aos pacientes do Maranhão para esconder o colapso da saúde pública de Teresina. Firmino Filho saiu em defesa do auxiliar e disse que o secretário de Saúde do Maranhão trata a questão com descaso e irresponsabilidade.
O impasse vem desde o final do ano passado, quando Noé Fortes cobrou dívida de R$ 8 milhões ao Maranhão e anunciou a suspensão do atendimento aos pacientes do estado vizinho a partir do dia 2 de janeiro, se não houvesse entendimento para compensação dos gastos de Teresina com os doentes.
Segundo Noé Fortes, a medida só foi adotada após ele próprio procurar por duas vezes a secretaria de Saúde do Maranhão e eles se negarem a realizar a repactuação do trato feito em 2011, que previa a compensação pelos gastos de Teresina com pacientes maranhenses. Ricardo Murad alega que não há nenhum débito do Maranhão com a Prefeitura de Teresina.
(Meio Norte)
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