sábado, 18 de janeiro de 2014

Crise carcerária: obra do presídio de Imperatriz está atrasada há três anos

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Mesmo com a crise carcerária do Maranhão, que iniciou desde outubro passado, o presídio de Imperatriz, que deveria ter sido inaugurado em 2011, está abandonado e sem nova previsão para a entrega.
O presídio de Imperatriz teve a construção solicitada na gestão do ex-governador Jackson Lago. Segundo Eurídice Vidigal, então secretária de Segurança Pública, foram enviados pelo governo federal recursos na ordem de R$ 28 milhões para a construção do Presídio Imperatriz, expansão do Presídio São Luís e Construção do Presídio Feminino.
 
Com a cassação do ex-governador Jackson Lago, o recurso chegou ao Maranhão já na gestão da governadora Roseana Sarney, que não concluiu a obra. Se já estivesse pronta, a cadeia teria capacidade para abrigar 210 detentos, com 18 celas, que comportariam em média 12 presos.
 
“Uma série de ações foram descontinuadas. Se todo o investimento feito na gestão Jackson Lago, inspirada no sistema SISCOPEM, que possibilitou a construção da Casa de Detenção Provisória, conhecida como Cadeião, fosse continuado, a crise carcerária poderia existir, mas seguramente seria menor”, declarou Eurídice Vidigal em conversa com a redação do site Maranhão Da Gente.
 
A obra do presídio foi iniciada em 2009, com previsão de inauguração em 2011. Agora, contabilizado um atraso de três anos, e sem novo prazo para entrega, a obra está abandonada desde o último mês de agosto porque os funcionários da empresa responsável não estão recebendo salários. Em resposta à matéria veiculada ontem (16) pelo programa Fala Brasil, da TV Record, o governo do estado informou que já abriu um processo para contratar outra empresa.
 
Cobranças
 
O Ministério Público do Estado cobrou do governo do estado, na última quarta (15), a conclusão do presídio de Imperatriz. A solicitação foi do promotor Joaquim Ribeiro de Sousa Júnior, titular da 6ª Promotoria de Justiça Criminal de Imperatriz.
 
“Temos uma obra em andamento, pedimos que estas obras sejam aceleradas porque somente com a conclusão irá surgir um número de vagas. Enquanto não houver construções de unidades prisionais, não terá abertura de vagas”, declarou o promotor.

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