quinta-feira, 27 de março de 2014

O que dizem os cidadãos, os mototaxistas, as autoridades e a empresa sobre o transporte coletivo de Codó

Nós pegamos esta semana carona em um dos dois micro-ônibus que, repentinamente, começaram a circular de um lado à outro da cidade oferecendo transporte coletivo. As condições não são das melhores, faltam cintos de segurança e, claramente, nota-se que os veículos já foram bastante usados.
 
Mas é difícil encontrar passageiros que liguem para isso. O benefício de oferecer passagens à R$ 2,00, de 7 da manhã às 7 da noite, encantou muita gente como dona Maria dos Remédios Lima e ela explicou o motivo.
 
Porque facilita muito, você vai na rua CE pode comprar qualquer coisa, mototaxi não ainda bota banca pra querer trazer as sacolas, né isso? E O PREÇO? Ah! o preço tá ótimo (…) porque pra você ir no centro com R$ 4,00 eles não querem ir de jeito nenhum, não é isso?…SÓ VAI POR QUANTO? R$ 5, seis, R$ 7 é assim”, disse a dona de casa com ar de satisfação no rosto
 


APOLÊMICA
 
Mas a polêmica está formada. Assim como tem gente muito satisfeita, existem aqueles que não estão gostando nem um pouquinho desta ideia e a razão também passa pela questão financeira.
 
Taxistas e, principalmente,  mototaxistas, como Orlando Cardoso de Oliveira, de um dos postos do residencial Santa Rita onde trabalham 20 profissionais (10 em cada posto autorizado pela Prefeitura) dizem que desde que começou a concorrência, há cerca de 15 dias, a renda caiu drasticamente.
“R$ 10, cinco reais em casa nós passa o dia todinho sentado nesse banco…E ANTES? Antes nós chegava com nossos R$ 30, quarenta reais em casa, mas depois que esses coletivo entrou aí caiu demais (…) atingiu bastante a gente”, garantiu com tristeza.
 
O preço da corrida é o grande diferencial e os mototaxistas dizem que só poderiam baixar o valor cobrado por eles, que chega à R$ 7,  se a Prefeitura bancar a diferença.
 
Pra baixar eles tinha que vir aqui conversar com a gente, saber qual a  situação que  a gente tá passando (…) tá difícil cara, a gente tá aqui de cara pra cima, a gente tá sem fazer nada aqui, a situação tá difícil mesmo”, disse o mototaxista Francisco Carlos Silva.
 
 E AS AUTORIDADES?
 
A polêmica já chegou à Câmara onde não existe lei atualizada regularizando transporte coletivo desta natureza. A presidência diz  que aguarda iniciativa do Poder Executivo neste sentido.
 
“É uma coisa que tem que se ver urgente, acredito que o poder público já deve vendo isso aí, as autoridades, o poder judiciário também deve ver como é que vai ser feito a regularização desse tipo de transporte porque a população pede isso há anos”, disse o vereador Chiquinho do Saae que mostrou-se a favor do coletivo, embora pedindo a legalização.
Enquanto isso a novidade vai continuar circulando de forma irregular, agradando e desagradando.
 
O PODER EXECUTIVO
 
Fizemos  contato também  com o secretário de Governo, Ricardo Torres. Ele informou que para que o serviço fosse regular deveria passar por um processo de licitação, mas até que isso ocorra muita coisa ainda precisa ser feita.
 
Uma delas é a atualização da legislação  municipal que trata da concessão de transporte público.  Torres disse que vai ver com o DMTRANS se há, pelo menos,  algum pedido formal feito pela empresa L.P Transportes e garantiu que não interferirá no serviço por enquanto.
 
Afirmou que pretende usá-lo como experiência para saber da reação das pessoas quanto à sua necessidade.
 
O QUE DIZ A EMPRESA
 
Também consegui contato, dentro de um dos veículos,  com a esposa do dono da L.P Transportes que pediu para não ser identificada. Falou que a empresa está fazendo uma experiência em Codó e que pretende, caso dê certo, trocar os veículos muito em breve.
 
Sobre regularização a mulher afirmou que a L.P Transportes está buscando fazer isso junto às autoridades locais e que,  inclusive,  já teria buscado apoio da Prefeitura.
 
Codó tem mais de 118 mil habitantes (censo 2010), 68% da população vivem na cidade, certamente, já existe necessidade de transporte coletivo.
 
Opinião do site! se está irregular os transporte coletivos, na área de mototáista também estão, vários pilotos de motos que se se diz mototáxistas não tem carteira de habilitação, alguns deles nem sabem pilotar motos, a classe é desunida. O Sindicato funciona através da politica,   em algumas reuniões que tivemos presentes as discórdias sempre foram as pautas sem chegarem ao bom censo. As motos que circulam pela a cidade algumas estão caracterizadas de cor amarela e outras não. Então pra fazerem reivindicações principalmente de exigências tem que se regularizarem principalmente as duas partes.
 
 
 

 

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