sexta-feira, 9 de maio de 2014

Depois de Peru, Egito embarga carne do Brasil por suspeita de vaca louca

O Egito impôs embargo de 180 dias à carne procedente do Mato Grosso após a descoberta de caso de vaca louca em um frigorífico no Estado, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nesta sexta-feira (9).

A decisão surge um dia depois de o Peru ter adotado embargo temporário à carne brasileira pelo mesmo prazo, após a descoberta de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da vaca louca, em uma unidade do Frigorífico JBS/Friboi no Mato Grosso.
O diferencial é que o país latino embargou carnes vindas de qualquer Estado do país.



Egito representa 9,62% das exportações de carne




As compras do Egito representam 9,62% do total das exportações de carne brasileira. No ano passado, o Estado do Mato Grosso foi responsável pela produção de 53,8 mil toneladas de carne do total de 144,7 mil toneladas exportadas por todo o país.

O Irã também colocou restrições temporárias à carne bovina produzida no Mato Grosso, segundo Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), mas não decretou embargo.

De acordo com a associação, os empresários que exportam carne ao país relataram mais dificuldades após a descoberta do caso.

O Ministério da Agricultura informou na semana passada ter recebido do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) a confirmação da doença, mas ainda falta saber se é um caso atípico ou um caso clássico.



Frigorífico diz que carne contaminada não chegou ao mercado




A doença da vaca louca é causada por uma proteína chamada príon, que pode ser transmitida a bovinos e caprinos quando alimentados com ração de farinha contendo carne e ossos de animais contaminados. Além de causar a morte dos animais, a doença pode infectar seres humanos.

Exames realizados no Laboratório Nacional Agropecuário de Pernambuco concluíram que é um caso atípico, quando a doença surge de forma esporádica e espontânea e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados.

O caso clássico, o mais perigoso, envolve contaminação por intoxicação alimentar e, segundo o ministério, não há indícios de que isso tenha ocorrido.

Segundo o JBS/Friboi, a carne não chegou a entrar no mercado de consumo. No ano passado, após a confirmação de um caso de doença da vaca louca em um animal morto em 2010 em Sertanópolis (PR), vários países suspenderam a compra da carne brasileira, embora também se tratasse de EEB atípica.

(Com Agência Brasil)

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