A sociedade codoense vive reclamando que a cidade está suja. Mas a sujeira não está só na porta das casas, no espaços públicos ou em qualquer outro lugar. Na cidade de Codó o desleixe começa bem antes de os garis saírem para as ruas – ELES são lembrados na hora em que o amontoado de lixo incomoda os moradores, mas vivem esquecidos por quem deveria manter os cuidados mínimos necessários e, no entanto, seguem trabalhando da maneira que as condições os permitem e vulneráveis, expostos aos riscos de contração de doenças, o que seria até natural pelo contato que têm com todo tipo de resíduos. Porém, se tivessem à disposição os EPIs, esses riscos não seriam tão grandes como são.
A jornalista Ramyria Santiago flagrou e mostrou na rede social o descaso com os garis de Codó. Nas fotografias, um retrato assustador da realidade. É mesmo preocupante. São pessoas que possuem familiares e, certamente, parte deles, se expõe para sustentar a família. Mas as condições de trabalho são imensamente precárias e toda essa precariedade vai além dos veículos impróprios para circulação pelas ruas, principalmente, para essa classe trabalhadora.
O risco continua quando saem pelas ruas em latas velhas
A prefeitura de Codó, não é a responsável direta pela situação a que são submetidos os garis, mas pode sair em defesa desses trabalhadores e não tem feito nada para mudar essa realidade perigosa. O serviço é terceirizado para a Umari, uma empresa com antecedentes no estado do Ceará. Nas imagens, os trabalhadores aparecem coletando o lixo sem proteção alguma. A jornalista, inclusive, chegou a narrar o que estava presenciando. Veja abaixo:
“Essa é a situação em que trabalham os garis da cidade de Codó. Sem botas, sem fardas, sem luvas, podendo até pegar uma doença em meio a todo esse lixo. Um deles usa uma luva improvisada que ele mesmo arranjou. Alô prefeitura de Codó, vamos dá mais valor a essa classe e arrumar equipamentos para esses homens trabalhar dignamente“, escreveu.
O Blog tentou contato com a empresa que administra a limpeza da cidade e é, portanto, a responsável pela situação em que os garis prestam serviço, mas não conseguimos falar com ninguém. Porém, vamos ficar de olho até que haja uma iniciativa seja lá de quem for com o objetivo de oferecer mais segurança aos nossos zeladores das ruas que tem a mesma importância que qualquer outro cidadão.
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