O gramado do Castelão passa por obras desde a segunda-feira para que a falha na drenagem seja corrigida e o campo volte a ser utilizado normalmente pelos atletas. Contudo, a interrupção das atividades no Castelão acontece justamente no meio do segundo turno do Campeonato Maranhense, e para piorar esta situação, em São Luís, não há nenhuma opção imediata para substituir o Castelão.
O Nhozinho Santos seria a alternativa, mas o estádio administrado pela Secretaria Municipal de Desporto e Lazer (Semdel) está abandonado.
O Nhozinho Santos seria a alternativa, mas o estádio administrado pela Secretaria Municipal de Desporto e Lazer (Semdel) está abandonado.
Sem utilização desde o ano passado quando foi interditada pelo Corpo de Bombeiros e Ministério Público por problemas estruturais, a praça não recebeu nenhuma melhoria, pelo contrário, as imagens feitas pela TV Mirante no último domingo e exibidas nesta terça-feira no Bom Dia Mirante (vídeo acima) mostram a grama alta cobrindo praticamente toda a mureta, que separa a arquibancada do campo.
Com a situação, ganhou força nas redes sociais um movimento de torcedores dos clubes de capital (Moto, Sampaio e Maranhão) para que a Prefeitura de São Luís se manifestasse e apresentasse algo sobre a retomada das atividades no estádio o mais breve possível. O goleiro do Moto Club, Rodrigo Ramos, também levantou esta bandeira em entrevista à Rádio Mirante AM, na segunda-feira.
- É extramente necessária à volta do Nhozinho Santos, pois ajudaria bastante neste momento e é um estádio que os jogadores gostam e a torcida também, pela proximidade que há entre os dois. E a volta do Nhozinho é bom também para que coisas desse tipo não aconteçam, tem que ter aqui pelo menos dois estádios, né? – argumentou o goleiro do Moto
O Moto chegou a apresentar um projeto, no fim de 2015, no qual garantia a administração do estádio em uma parceria com a Prefeitura de São Luís. Até uma maquete foi apresentada aos torcedores na festa de lançamento do uniforme. O clube tentou, mas a resposta da Semdel foi no sentido contrário.
A última manifestação pública do secretário Júlio França sobre o caso foi sobre a licitação para o início das obras. Isso foi em janeiro deste ano. A previsão era que o processo terminasse em março com a escolha da empresa responsável pela reforma do Nhozinho Santos, mas até o momento a Semdel não divulgou o resultado desta etapa. Foi dito pelo secretário que o estádio contaria com um gramado novo e um alambrado de acrílico, substituindo os antigos de concreto. Se começasse no prazo previsto, a obra terminaria no fim deste ano.Quando fechouA vistoria que lacrou o estádio foi realizada no dia 6 de outubro de 2015 com a presença do Ministério Público do Maranhão por meio da Promotoria de Defesa do Consumidor e do Corpo de Bombeiros com homens do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE).
Na oportunidade, rachaduras foram encontradas em algumas partes da estrutura, além de outros problemas que não haviam sido corrigidos desde 2013 quando foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o MP e a Semdel.
Naquela oportunidade, a Semdel se manifestou por meio de Robson Martins, então responsável pelo estádio. A informação era que em dezembro as obras para melhorias no estádio iniciariam, mas nada foi feito. Martins saiu dias depois da administração do estádio.
O estádio fica localizado na região central e já foi palco de grandes conquistas do futebol do Maranhão, como o primeiro título nacional de um time maranhense, do Sampaio em 1972, na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, chamado à época também de “Brasileirinho”. A capacidade chegou próximo aos 25 mil torcedores, mas depois de colocadas cadeiras em toda a arquibancada, o estádio suporta 11 mil torcedores.
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