quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Falta de água em escola da zona rural de Codó alunos ficam sem opção !

Várias famílias da região estão preocupadas com a falta de aula na escola Raimundo Gomes, zona rural de Codó, às margens da BR-316, no povoado VIRAÇÃO.
Trata-se de  um polo que recebe alunos de mais 7 povoados. Chegamos ontem lá, por volta das 9h da manhã pra constar  uma denúncia. Encontramos cadeado no portão e  percebemos que  não tinha diretora, não tinha professoras  e, muito menos, alunos.
A bomba do poço que abastece a escola e o resto da comunidade queimou e a mais de 10 dias, explicou esta lavradora mãe de dois estudantes, Ana Lúcia Carvalho da Silva,  as aulas não ocorrem.
“Num tá tendo aula não, num tá vindo nenhum não…POR QUÊ? Porque não tem água como é que eles vão beber…FAZER MERENDA? É, fazer merenda, mas merenda não tem não (…) o problema é pra eles beber mesmo porque não tem como eles ficar com sede ”, reclamou
Ela e todos os demais moradores estão pegando água deste açude para banhar e lavar roupas. tem gente reclamando de coceira no corpo, a famosa ‘pira’.
Para beber pegam no povoado mais próximo a cerca de dois quilômetros uma vez que das torneiras não vem mais nada.
Mas na escola não há o que fazer, pior é que quando não há aulas no povoado que estuda na cidade fica sem o transporte escolar. Dona Lúcia Rodrigues está com duas filhas prejudicadas e disse como.
“Tem uma aí nessa escola e tem uma no Codó, ela não tá nem indo pra aula por causa do escolar que não tá vindo…AH, PREJUDICA TAMBÉM OS OUTROS? Os de Codó também…QUANDO NÃO TEM AULA AQUI? Aí o escolar não leva”, respondeu
Leilson da Cunha Silva é um dos estudantes da cidade que também está sem transporte. Está preocupado com a reprovação.
 “Isso aí prejudica muito porque aqui tem uma base de 60 alunos que vão pra Codó (…) final de ano tem um bocado que vai ficar de recuperação, aí fica reprovado mesmo…PREJUÍZO PRA VOCÊS? Prejuízo pra nós”
“PELO AMOR DE DEUS”
Os moradores estão pedindo socorro à prefeitura de Codó, dizem que não têm condições de comprar a bomba para fazer o poço artesiano voltar a funcionar. Um dos apelos foi feito pela aposentada Graciliana Rodrigues dos Santos.
 “Pelo amor de Deus, ou o prefeito pra vir cuidar de nós aqui, nós somos pobre, nós num pode comprar uma bomba de R$ 2.500,00 não…ELES PODEM? Eles podem dá uma bomba pra gente, mas nós não pode comprar, nós somos tudo lascado (…) é R$ 100,00 pra cada pessoa, tem dia que nós não tem nem R$ 1,00 avalie R$ 100”, afirmou
REPOSTAS DO GOVERNO
Estive no SAAE onde o diretor Paulo Sérgio Brito (O Maclaren) disse que a autarquia municipal não tem responsabilidade sobre o caso de Viração porque não há cobrança de conta de água no povoado.
Na secretaria de Educação, a coordenadora de educação no campo, professora Zuca, disse que a secretária Rosina Benvindo é quem falaria sobre o assunto.
A secretária ligou para o prefeito Zito Rolim que disse, por telefone, que a bomba de Viração é de responsabilidade da comunidade, mas que mandaria um funcionário da prefeitura para ver o que pode ser feito.
Quanto a falta de transporte escolar para os alunos que precisam vir para a cidade, Rosina Benvindo ligou para Rogério Albuquerque (o Cobel).
Este, por sua vez, disse que não estava sabendo do problema, que viu o micro-ônibus amarelinho  da manhã circulando normalmente na terça-feira, 8, mas que falaria com o proprietário do ônibus contratado da tarde para ver o que estava acontecendo e gerando a reclamação dos alunos de Viração.

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