Dois casos recentes de violência contra jovens em Coroatá trouxe novamente o tema insegurança. Infelizmente uma das vítimas, Romário Correia Araújo, de apenas 21 anos, foi brutalmente assassinato com um tiro na cabeça, segundo a polícia, o crime teria sido um latrocínio, roubo seguido de morte [relembre].
Dois dias depois Sosttenes Wrigth, 18 anos, foi esfaqueado a 50 metros de sua casa. Os bandidos queriam tomar seu celular e acabaram desferindo um golpe de faca próximo ao peito do adolescente, que chegou a ter um dos pulmões perfurados e ainda encontra-se hospitalizado, mas não corre risco de morte [leia aqui].
Sobre essa recente onda de violência em Coroatá, o professor da rede municipal de ensino, Elielton Fernandes, publicou em sua página no facebook um texto que poderia perfeitamente representar a voz de tantos coroataenses, cansados pela impunidade, ou a sensação de estar vivendo uma guerra desigual. Confira abaixo, parte do texto publicado pelo educador.
"Coroatá e todo o país convivem com um clima de violência sem tamanho e, que geram uma sensação de impunidade que revolta quem cumpre seus deveres e a lei. Perdemos o direito de sairmos de casa para passear com os amigos, ir ao trabalho em razão de toda esta insegurança. Quando se sabe que alguém teve o celular ou uma moto subtraídos pelos meliantes, ainda ouvimos muitos dizerem: "isso aconteceu porque andava na rua altas horas da noite". Este pensamento inverte os papéis de bandido e vítima. O cidadão de bem é que incorre no erro ao passo que passeia dez horas da noite em alguma rua, como se fosse algo vedado. Enquanto isso, nossos representantes não discutem as leis e sua eficiência e tampouco traçam políticas sérias de segurança pública que possam minimizar todas estas atrocidades, bem como agilizar os processos judiciais que transcorrem lentamente, mesmo sabendo que a morosidade já personifica uma injustiça. Lamento a perda de mais uma vítima desta "selva" que ainda é conhecida por sociedade e, peço que Deus conforte a família em um momento como este".
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