Ex prefeito Ricardo Archer |
O ex-prefeito Ricardo Archer usou ontem, 25, sua emissora de rádio, por meio do programa Coisas do Povo, apresentado pelo radialista Francisco Lemos, atualmente o produto jornalístico de maior audiência da Eldorado AM, para falar sobre o caso de São Benedito dos Colocados onde 72 famílias o acusaram, em audiência pública realizada dia 17 de outubro, na própria comunidade, de estar amedrontando-as utilizando-se até de jagunços que visitaram o povoado, inclusive com a presença do próprio latifundiário, determinada vez.
Archer ouviu a leitura inicial da matéria postada no blogdoacelio e quando lhe foi dada a palavra ele sorriu. Depois, brincou com o fato dos moradores e do representante da Cáritas, Ricarte, terem usado o termo ‘jagunço’.
Disse que esteve, realmente, na comunidade, mas que seu motorista, Alex, ele e um funcionário dele, de nome Canário, não são ‘jagunços’, algo, que em sua opinião, nem existe mais, muito menos algum dia tenha sido usado por ele para oprimir alguém.
Também falou sobre o que Said Zaidan, assessor agrário da Secretaria Estadual de Igualdade Racial, disse na matéria quando afirmou que a terra pertence a gleba AGRIMA, hoje área do Governo do Estado. A terra, disse Ricardo, é propriedade dele e não do Governo do Maranhão.
“Na época em que as terras eram da Agrima, era da Manufatureira, meu pai passou pra Agrima e mesmo nessa época a gente tava no comando, eu comandava, apoiava o pessoal, nunca cobrei nada, pelo contrário eu sempre defendi, sempre fiz com que eles tivessem tranquilidade de morar lá, então eu não sou jagunço, o rapaz que trabalha comigo chamado Canário não é jagunço, o meu motorista, o Alex, ele não é jagunço”, disse
O QUE ELE FOI FAZER EM SÃO BENEDITO?
Não negando que foi à São Benedito, como denunciou o atual presidente da Associação na reportagem proibindo-os de brocar roça perto do cemitério, informou que o que o levou ao povoado foi o fato de ter visto um loteamento da terra que em nada se parecia com demarcação para limpeza de roça, mas sim com grilagem da área.
Archer frisou que foi apenas saber o que estava acontecendo pois sempre deixou que todos trabalhassem livremente em suas terras, mas que jamais permitirá que pessoas se infiltrem na comunidade para lotear e depois vender pedaços do terreno que está até alienado para o Governo Federal, segundo informou.
“Agora, o que que aconteceu? eu estava passando lá nos fundos da fazenda e vi uma série de terrenos marcados, então são grileiros que se juntam à estas pessoas que estão criando e fomentando confusão para tentar lotear aí o fundo, quando vi isso eu fui lá no São Benedito, eu falei – quê que tá acontecendo ali? – me falaram que tava tendo uma briga na associação e tal, conversas, fofocas lá, eu fui e disse – olha, que que tá acontecendo? eu quero saber o que tá acontecendo, disseram – não é um pessoal que tá demarcando pra fazer roça, eu disse não roça não tem lote deste tamainho, eu só vou falar uma coisa pra vocês, eu dei uma área pra vocês trabalharem…PRA ASSOCIAÇÃO? pra associação, eu dei a opção deles comprarem a terra através do financiamento do governo, certo? e sempre apoiei esse pessoal, todos eles me conhecem”
Disse também que alguns, citando o nome de Valdivino Silva, um dos líderes de São Benedito, que atualmente nem dorme mais no povoado temendo o pior, estão sendo ‘insuflados’ por grileiros, voltando a afirmar que a terra pertence à sua família e dela não abrirá mão, a não ser que os posseiros a comprem usando programas do governo federal.
“Tá sendo insuflado por grileiros que querem lotear e vender a terra, eu não aceito e não deixo também. A terra é minha propriedade, a área foi dividida como tem o loteamento da Manufatureira confrontando com as terras que foram passadas para, à época, o Banco do Estado do Maranhão, ficou remanescente a área lá no saco que é nossa propriedade, eu tenho a escritura, eu tenho o georeferenciamento”, diz
OUÇA TUDO QUE ARCHER DISSE A RESPEITO DESTE ASSUNTO
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