O deputado César Pires destacou a coragem dos aliados do governador Flávio Dino que disseram não ao chefe do Executivo na reunião, no Palácio dos Leões, em que Flávio exigia que todos apoiassem o seu candidato a prefeito, no segundo turno das eleições em São Luís.
“Sem sequer discutir a opção pelo seu candidato, o governador não queria dar a seus aliados o direito de escolha, mas recebeu um duro não do senador Weverton Rocha e dos deputados Neto Evangelista, Juscelino Filho e Pedro Lucas, do prefeito de Timon, Luciano Leitoa, e do presidente da Famem, Erlânio Xavier”, relatou César Pires
Na reunião, segundo César Pires, Weverton foi duro com o governador e disse que era livre para escolher um candidato a prefeito que não fosse o apoiado por Flávio Dino. Foi a mesma decisão tomada por Neto Evangelista – que se sentiu prejudicado na disputa pela Prefeitura de São Luís e levantou o dedo para o governador. Assim como outros parlamentares que optaram pela candidatura de Eduardo Braide.
Mesmo não participando dessa reunião no Palácio, o presidente da Assembleia, Othelino Neto, e o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, também resistiram à pressão do governador e ficaram neutros na disputa pela Prefeitura.
“Ao referir aos maranhenses no livro Conselho aos Governantes, Marques de Pombal disse que o povo do Maranhão seria obediente, fiel e amaria um general prudente, afável e modesto> mas nenhum desses objetivos se aplica ao governador Flávio Dino”, enfatizou César Pires, ao acrescentar que “a obediência forçada é violenta, e a voluntária é segura”.
César Pires disse que ruíram as bases de sustentação do governo em uma reunião velada que já é de domínio público, onde tiveram a coragem de dizer ao governador que ele não é o super-homem, que precisa ter prudência e tolerância. Constataram a postura ditatorial de Flávio Dino, há muito descoberta pelo senador Roberto Rocha.
“A guerra foi lançada no Palácio dos Leões e abafada. Houve discussão e muita pressão, mas os aliados do governador se recusaram a ceder aos seus caprichos”, finalizou.
Por último, César Pires acrescentou que Flávio Dino nunca alcançará o nível de aculturamento, de comportamento e de relações do ex-presidente José Sarney, a quem o governador tanto critica. “Flávio Dino não escuta conselho de ninguém: é um déspota, arrogante e prepotente, que por tudo isso já está vendo seu governo definhar”, finalizou.
Fonte: Gilberto Léda
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